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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Os 10 mandamentos do Casal

Viver em comunhão harmoniosa com o conjuge ou namorado(a) é muito difícil, pois frequentemente entram em conflito as realidades vividas e os valores individuais. O viver em comunhão nesses casos é um exercício de paciência, despojamento e humildade.

Criados por uma equipe de psicólogos e especialistas americanos, que trabalhava em terapia conjugal, elaborou "Os Dez Mandamentos do Casal" neste artigo foi analisado e refletido pelo Prof. Felipe Aquino. Segundo o professor os 10 Mandamentos do Casal trazem muita sabedoria para a vida e felicidade dos casais e é mais fácil aprender com o erro dos outros do que com os próprios.

1. Nunca irritar-se ao mesmo tempo - A todo custo evitar a explosão. Quanto mais a situação é complicada, mais a calma é necessária. Então, será preciso que um dos dois acione o mecanismo que assegure a calma de ambos diante da situação conflitante. É preciso convencermo-nos de que na explosão nada será feito de bom. Todos sabemos bem quais são os frutos de uma explosão: apenas destroços, morte e tristeza. Portanto, jamais permitir que a explosão chegue a acontecer. D. Helder Câmara tem um belo pensamento que diz: "Há criaturas que são como a cana, mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura...".

2. Nunca gritar um com o outro a não ser que a casa esteja pegando fogo - Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, menos é ouvido. Alguém me disse certa vez que se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria... Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.

3. Se alguém deve ganhar na discussão, deixar que seja o outro - Perder uma discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. Dialogar jamais será discutir, pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um derrotado, e no diálogo não. Portanto, se por descuido nosso, o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro "vença", para que mais rapidamente ela termine. Discussão no casamento é sinônimo de "guerra", de luta inglória. "A vitória na guerra deveria ser comemorada com um funeral"; dizia Lao Tsé. Que vantagem há em se ganhar uma disputa contra aquele que é a nossa própria carne? É preciso que o casal tenha a determinação de não provocar brigas; não podemos nos esquecer que basta uma pequena nuvem para esconder o sol. Às vezes uma pequena discussão esconde por muitos dias o sol da alegria no lar.

4. Se for inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor - A outra parte tem que entender que a crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Só tem sentido a crítica que for construtiva; e essa é amorosa, sem acusações e condenações. Antes de apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do outro. Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem dor. E reze pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. Peça ao Senhor e a Nossa Senhora que preparem o coração dele para receber bem o que você precisa dizer-lhe. Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.

5. Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado - A pessoa é sempre maior que seus erros, e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda vez que acusamos a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e dificultando que ela se livre deles. Certamente não é isto que queremos para a pessoa amada. É preciso todo o cuidado para que isto não ocorra nos momentos de discussão. Nestas horas o melhor é manter a boca fechada. Aquele que estiver mais calmo, que for mais controlado, deve ficar quieto e deixar o outro falar até que se acalme. Não revidar em palavras, senão a discussão aumenta, e tudo de mau pode acontecer, em termos de ressentimentos, mágoas e dolorosas feridas. Nos tempos horríveis da "guerra fria", quando pairava sobre o mundo todo o perigo de uma guerra nuclear, como uma espada de Dâmocles sobre as nossas cabeças, o Papa Paulo VI avisou o mundo: "a paz impõe-se somente com a paz, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade". Ora, se isto é válido para o mundo encontrar a paz, muito mais é válido para todos os casais viverem bem. Portanto, como ensina Thomás de Kemphis, na Imitação de Cristo, "primeiro conserva-te em paz, depois poderás pacificar os outros". E Paulo VI, ardoroso defensor da paz, dizia: "se a guerra é o outro nome da morte, a vida é o outro nome da paz". Portanto, para haver vida no casamento, é preciso haver a paz; e ela tem um preço: a nossa maturidade.

6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge - Na vida a dois tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas. A falta de atenção para com o cônjuge é triste na vida do casal e demonstra desprezo para com o outro. Seja atento ao que ele diz, aos seus problemas e aspirações.

7. Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo - "Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento" (Ef 4,26b) - Se isso não acontecer, no dia seguinte o problema poderá ser bem maior. Não se pode deixar acumular problema sobre problema, sem solução. Já pensou se você usasse a mesma leiteira que já usou no dia anterior, para ferver o leite, sem antes lavá-la? O leite certamente azedaria. O mesmo acontece quando acordamos sem resolver os conflitos de ontem. Os problemas da vida conjugal são normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados, com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz, da fuga, é a pior que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.

8. Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa - Muitos têm reservas enormes de ternura, mas esquecem de expressá-las em voz alta. Não basta amar o outro, é preciso dizer isto também com palavras. Especialmente para as mulheres, isto tem um efeito quase mágico. É um tônico que muda completamente o seu estado de ânimo, humor e bem estar. Muitos homens têm dificuldade neste ponto; alguns por problemas de educação, mas a maioria porque ainda não se deu conta da sua importância. Como são importantes essas expressões de carinho que fazem o outro crescer: "eu te amo", "você é muito importante para mim", "sem você eu não teria conseguido vencer este problema", "a tua presença é importante para mim"; "tuas palavras me ajudam a viver"... Diga isto ao outro com sinceridade toda vez que experimentar o auxílio edificante dele.

9. Cometendo um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas - Admitir um erro não é humilhação. A pessoa que admite o seu erro demonstra ser honesta consigo mesma e com o outro. Quando erramos não temos duas alternativas honestas, apenas uma: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito de não repeti-lo. Isto é ser humilde. Agindo assim, mesmo os nossos erros e quedas serão alavancas para o nosso amadurecimento e crescimento. Quando temos a coragem de pedir perdão, vencendo o nosso orgulho, eliminamos quase de vez o motivo do conflito no relacionamento, e a paz retorna aos corações. É nobre pedir perdão!

10. Quando um não quer, dois não brigam - É a sabedoria popular que ensina isto. Será preciso então que alguém tome a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso que leva à briga. Tomar esta iniciativa será sempre um gesto de grandeza, maturidade e amor. E a melhor maneira será "não pôr lenha na fogueira", isto é, não alimentar a discussão. Muitas vezes é pelo silêncio de um que a calma retorna ao coração do outro. Outras vezes será por um abraço carinhoso, ou por uma palavra amiga.

Fonte: Canção Nova/ Prof. Felipe Aquino (apresentador do programa Escola da Fé, na TV Canção Nova)
Do livro "Namoro" - Site da Canção Nova (www.cancaonova.com)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Apoio ao Catequista - o Catecismo da Igreja e seus documentos


Olá caros catequistas,

Esse é o segundo tema postado no Blog que deve ser trabalhado nos grupos de Crisma.

O objetivo desse tema é falar um pouco da constituição da igreja quanto aos documentos e orientações destacando especialmente o nosso Catecismo (CIC) como o manual do bom católico.

A nossa igreja, diferentemente de outras igrejas cristãs, ao longo de sua história, cresceu na fé e produziu teologia própria. Desta maneira foram criadas formas de comunicação internas e externas, destinadas a toda igreja (clero e leigos). Surgiam assim os documentos, as diretrizes, e as normas baseadas na experiência e observância da prática cristã e da doutrina da igreja (palavra de Deus, Magistério e Tradição - ensinada e transmitida ao longo desses dois milênios).

Tudo que até hoje foi publicado pela igreja (quanto a documentos) teve a sua importância, mas sem dúvida, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) é o mais importante para nós leigos, pois é a compilação em um único livro de tudo que a igreja é enquanto instituição, portanto, o foco desse encontro é o Catecismo.

O catequista deve pegar trechos e explicar a composição do CIC e sua criação mostrando a importância desse livro para nós católicos. Para valorizar o CIC é válido explicar brevemente a base da igreja enquanto instituição (Palavra, Tradição e Magistério):

“Um dos pilares sobre os quais se assenta a fé da Igreja Católica é a Sagrada Tradição Apostólica. Esta Tradição, chamada pela Igreja de Sagrada, é tudo aquilo que ela recebeu dos Apóstolos e que a eles foi confiado diretamente pelo próprio Jesus Cristo. Não se trata da tradição dos homens, mas somente daquilo que se refere à salvação das almas, e que nos foi deixado pelo Senhor. Sabemos que o Magistério da Igreja extrai todo o ensinamento que dá aos fiéis, da Revelação Divina, que se compõe da Tradição (oral) que veio dos Apóstolos e da Tradição (escrita), a Bíblia. É sobre essa Tradição (escrita e oral), com igual importância nas duas formas, que o Magistério assenta seus ensinamentos infalíveis. Portanto, a Igreja católica não se guia apenas pela Bíblia (a Revelação escrita), mas também pela Revelação oral que chegou até nós. Sem esta última, nem mesmo a Bíblia existiria como a temos hoje, já que ela foi ´berçada´ e redigida pela Igreja..” (Prof. Felipe Aquino - do site Cleófas)

Foi por tudo isso que a nossa igreja é o que é hoje. A base do cristianismo.


Catequista, é bom saber...
(adaptado por Carlos Garcia)

O Catecismo da Igreja Católica

A palavra "catecismo" origina-se do termo grego katecheo  que significa informar, instruir e ensinar.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) é uma exposição da fé católica e da doutrina da Igreja Católica, fiel e iluminado pela Sagrada Escritura, pela Tradição apostólica e pelo Magistério da Igreja.

Trata-se de um texto de referência, seguro e autêntico, para o ensino da doutrina católica, com o qual pode-se conhecer o que a Igreja professa e celebra, vive e reza em seu cotidiano. Ele foi organizado de maneira a expor em linguagem contemporânea os elementos fundamentais e essenciais da fé cristã. Neste livro encontram-se orientações para o católico comprometido com sua fé. É também oferecido a todo homem que deseja perguntar à Igreja e conhecer o que a Igreja crê.

 Conteúdo

O Catecismo da Igreja Católica é composto de assuntos que ajudam a iluminar as situações e problemas encontrados na Igreja, traz assuntos com o objetivo de formar e direcionar o povo de Deus, explicando a Doutrina da mesma. Apresenta ensinamentos da Sagrada Escritura, da Tradição e do Magistério; traz também a herança deixada pelos Santos Padres, santos e santas da Igreja. É destinado também a iluminar as novas situações e os problemas que ainda não tinham surgido no passado.

Resumindo... toda espiritualidade, ações, diretrizes e orientação a respeito dos dogmas, atos e colocações da igreja a respeito de determinados temas podem ser encontrados no CIC.

O CIC para nós Católicos não é um livro opcional, principalmente para o catequista. Este deve ser nosso livro de cabeceira, juntamente com a bíblia. Enquanto a Bíblia nos leva a reflexão e nos aproxima de Deus o CIC nos aproxima e nos orienta a respeito da igreja instituída por Cristo através do primeiro papa, o apóstolo Pedro.

 Divisão

O CIC está dividido em quatro partes que estão ligadas entre si. São elas:

  • 1ª parte - A profissão de Fé, baseada no Credo, cujo objeto é o mistério cristão - Começa por expor em que consiste a Revelação, onde trata o tema de como Deus se dirige ao homem e como o homem responde a Deus. Resume os dons que Deus outorga ao homem, como Autor de todo bem, como Redentor e como Santificador.
  • 2ª parte - A celebração do Ministério Cristão, que trata da sagrada Liturgia - Expõe sobre as ações sagradas da liturgia da Igreja, particularmente nos sete sacramentos.
  • 3ª parte - A vida em Cristo, baseada no Decálogo, apresenta o agir cristão - Apresenta a fé da Igreja sobre o fim último do homem, criado à imagem de Deus: a bem-aventurança e os caminhos para chegar a ela. Trata assim do agir reto e livre, com ajuda da fé e da graça de Deus, ou seja, do agir que realiza o duplo mandamento da caridade, desdobrado nos Dez Mandamentos de Deus.
  • 4ª parte - A Oração Cristã, expressada no Pai-Nosso - Aborda o sentido e a importância da oração, terminando com um comentário sobre os sete pedidos da oração do Senhor - A forma do Catecismo inspira-se na grande tradição dos catecismos que articulam a catequese em torno de quatro pilares: a profissão da fé batismal (o Símbolo), os sacramentos da fé, a vida de fé (Mandamentos) e a oração.

 História

Em 1985, durante a Assembléia Extraordinária do Sínodo dos Bispos em comemoração do vigésimo ano de encerramento do Concílio Vaticano II, os Padres presentes expressaram o desejo à necessidade de um Catecismo ou compêndio que abordasse a doutrina católica de forma geral, servindo de referência para os catecismo ou compêndios a serem preparados em diversos lugares do mundo. Após o Sínodo, o papa João Paulo II assumiu para si este desejo e deu início ao trabalho de formulação do CIC.

Em 1986, uma Comissão de doze Cardeais e Bispos, presidida pelo senhor Cardeal Joseph Ratzinger (atual Papa Bento VXI), o encargo de preparar um projeto para o Catecismo requerido pelos Padres do Sínodo. Uma Comissão de redação, composta por sete Bispos diocesanos, peritos em teologia e em catequese, coadjuvou a Comissão no seu trabalho.

A Comissão, encarregada de dar as diretrizes e de vigiar sobre o desenvolvimento dos trabalhos, seguiu atentamente todas as etapas da redação das nove sucessivas composições. A Comissão de redação, por seu lado, assumiu a responsabilidade de escrever o texto e lhe inserir as modificações pedidas pela Comissão e de examinar as observações de numerosos teólogos, exegetas e catequistas, e sobretudo dos Bispos do mundo inteiro, a fim de melhorar o texto. A Comissão foi sede de intercâmbios frutuosos e enriquecedores, para assegurar a unidade e a homogeneidade do texto.

O projeto tornou-se objeto de vasta consultação de todos os Bispos católicos, das suas Conferências Episcopais ou dos seus Sínodos, dos Institutos de teologia e de catequética. No seu conjunto, ele teve um acolhimento amplamente favorável da parte do Episcopado.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) foi entregue à população no dia 11 de outubro de 1992, resultado de um intenso e longo trabalho que durou 6 anos.

O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica foi publicado em 2005 e é uma versão concisa (resumo), em forma de perguntas e respostas, do Catecismo. O texto está disponível em nove línguas, no website do Vaticano, o qual também possui o texto do Catecismo em seis línguas.

Clique AQUI e faça o download do CIC.
Clique AQUI e faça o download do Compêndio.
Leia o Catecismo on-line - http://www.catequista.net/catecismo/conteudo/ig.html

Documentos da Igreja


CARTA ENCÍCLICA ou ENCÍCLICA: (Epistolae Encyclicae - Litterae Encyclicae) Documento pontifício dirigido aos Bispos de todo o mundo e, por meio deles, a todos os fiéis. A encíclica é usada pelo Romano Pontífice (papa) para exercer o seu magistério ordinário. Trata de matéria doutrinária em variados campos: fé, costumes, culto, doutrina social, etc. A matéria nela contida não é formalmente objeto de fé.

DECRETOS: Os decretos, como o próprio nome diz não são orientações a respeito da fé ou espiritualidade, mas sim, determinações da igreja referente a um determinado assunto.

CARTA APOSTÓLICA: Existem duas espécies de documentos do Papa sob essa denominação: "Epistola Apostólica" e "Litterae Apostolicae".
A “Epistola Apostólica” trata de matéria doutrinária, de caráter menos solene que a encíclica. O documento é dirigido aos bispos e, por meio deles, a todos os fiéis.
A "Litterae Apostolicae" é usada para vários outros assuntos: constituição de Santos Padroeiros, promoção de novos Beatos, normas disciplinares, etc.

EXORTAÇÃO APOSTÓLICA: (Adhortatio Apostolica) Antigamente esse documento era dirigido a um determinado grupo de pessoas. Atualmente o termo é usado nas recomendações feitas pelo Romano Pontífice aos bispos, presbíteros e todos os fiéis, sobre temas mais diretamente relacionados a um grupo de pessoas, por exemplo, as exortações pós-sinodais: "Familiaris Consortio" (para a família Cristã); "Christifideles laici"(sobre a vocação dos leigos)

BULA PONTIFÍCIA: O termo não se refere conteúdo ou a solenidade de um documento pontifício, mas a sua apresentação, ou seja, é a forma que o documento é apresentado. Quando um documento é lacrado com cera (através de uma pequena bola (em latim, "bulla") ou metal, em geral, chumbo esse documento é considerado uma Bula Pontifícia.

CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA: Documento pontifício que trata de assuntos da mais alta importância como a Constituição Dogmática, que contém definições de dogmas. Por exemplo de Pio XII, a Constituição Apostólica "Munificentissimus Deus", com a qual foi definido o dogma da Assunção de Nossa Senhora e a promulgação do CIC (Catecismo da Igreja Católica) de 1983

MOTU PROPRIO: Carta Apostólica, sob a designação de Litterae Apostolicae, escrita em geral por própria iniciativa do Romano Pontífice, isto é, sem ter sido solicitado por algum interessado. Por exemplo: a Carta Apostólica de João Paulo II "Apostolos Suos", de 21 de Março de 1998, sobre a natureza teológica e jurídica das conferências

DOCUMENTOS DA CNBB: A CNBB, representante oficial da igreja no Brasil, constituída pelos bispos do Brasil, tem por missão adaptar e orientar a igreja segundo a cultura e necessidades imediatas oriundas da vida moderna em nosso pais. Nela os Bispos trocam experiências, definem diretrizes para o Brasil, estudam assuntos de interesse comum.

A partir desses estudos são lançadas diretrizes destinadas ao clero e aos leigos de nosso país. Esses documentos são numerados em ordem de publicação e podem ser adquiridos em livrarias ou baixados através de download no site da CNBB. Um exemplo importantíssimo para nós catequista é o documento nº 26 “Catequese Renovada Orientações e Conteúdo” que dinamiza a forma de ministrar e entender a catequese de hoje.

Clique AQUI e baixe o documento da CNBB nº 26 “Catequese Renovada - Orientações e Conteúdo”

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Qualquer dúvida ou sugestão entre em contato ou deixe seu comentário.

Abraços a todos e fiquem com Deus

Carlos Garcia



Fontes:




sexta-feira, 16 de abril de 2010

Cristão não praticante..., isso existe?

Há uma corrente no Brasil que se denomina Católico não praticante. Quem é  VERDADEIRAMENTE Católico, sabe que isso não existe. Ou se é ou não se é.

Parece que agora esta surgindo duas novas categorias... Cristão praticante e cristão não praticante...

Mas será que isso existe???

Infelizmente existem muitos que se denominam cristãos, mas que não tem idéia do que realmente é ser cristão, pois não entenderam até agora o amor de Cristo. Esses acabam difamando e prestando um contra testemunho daquilo que realmente é um Cristão, pois cristão VERDADEIRO é aquele...

- que não julga, pois sabe que o julgamento cabe a Deus.
- que mostra em seu TESTEMUNHO, palavras e ações, o amor imenso de Deus.
- que de sua boca sai palavras mansas, porém fortes, com propriedade e verdade.
- que antes e acima de tudo coloca Deus e cumpre o mandamento deixado por Cristo “...amai ao próximo como a si mesmo”.
- que deixa o orgulho, a arrogância de lado e assume a sua cruz.
- que sabe respeitar a opinião alheia e mostra por seus atos um Deus piedoso e bondoso.
- que se firma na palavra e cumpre os mandamentos.
- que anda em caminhos retos independente daquilo que os outros dizem.
- que aceita Jesus como salvador e o busca diariamente em suas orações.

E por ai vai...

Ser cristão não é fácil e ninguém disse que seria fácil, como vemos na passagem de Eclesiástico 2,1 – “Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação”

Não podemos ainda nos esquecer da passagem de Ap 3,16 - "Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te."

Sim, é isso que Deus espera de nós. Uma posição. Uma postura firme. Uma decisão. Se for diferente disso, se ficarmos em cima do muro, não servimos para Deus.

Temos que parar de fingir que não vemos as coisas. Temos que parar de brincar de "casinha".

Busquemos as coisas dos Alto.

Anunciemos o Cristo vivo, que morreu por nossos pecados, que amou o mundo assim como o Pai. Amor esse que é Imenso.

Sejamos reflexos do Cristo Vivo. Assumamos nossa missão.

Fiquem com Deus.

sábado, 10 de abril de 2010

Dez coisas que os catequistas deveriam saber antes de começar

– Você foi convidado para uma missão e não para uma simples tarefa que qualquer um executa. Quem fez o convite foi Deus, por isso, encare a catequese como algo sério, comprometedor, útil. Suas palavras e suas ações como catequista terão efeito multiplicador se forem realizadas com ânimo e compromisso ou terão efeito devastador, se seus atos e palavras não condizerem com o “ser cristão”, afinal de contas, não existe cristão não praticante;

– Sorria ao encontrar seus catequizandos. Um catequista precisa sorrir mesmo quando tudo parece desabar. Execute sua tarefa com alegria e não encare os encontros de catequese como um fardo e ser carregado;

– Se no primeiro contratempo que aparecer você desistir, é melhor nem começar ou deixar logo o grupo. A catequese, assim como qualquer outra atividade, apresenta situações difíceis. Mas que graça teria a missão de um catequista se tudo fosse muito fácil? Seja insistente e que sua teimosia lhe permita continuar nesta missão e não abandonar o barco na primeira situação adversa;

– Torne os pais de seus catequizandos aliados e não inimigos. Existem muitos pais que não querem nada com nada na catequese. A esses tente conquistar, mas se não for possível, não insista, afinal, cada um é responsável por seus atos. Procure centrar o seu foco naqueles que estão empolgados, interessados e são participantes ativos. Não fique apenas reclamando as ausências. Vibre com as presenças daqueles que são compromissados com a catequese e interessados pela vida religiosa de seus filhos;

– Lembre-se sempre que você é um catequista da Igreja Católica. Por isso você precisa defender as doutrinas e os ensinamentos católicos. Alguns catequistas que se aventuram da tarefa da catequese, as vezes, por falta de preparo, acabam fazendo, nos encontros, um papel contrário aquilo que a Igreja prega sobre diversos assuntos. Isso é incoerência das maiores. Busque formação. Leia o Catecismo da Igreja e esteja por dentro das novidades (estudos e documentos). Ensine com alegria a igreja que professa;

– Não se esqueça da sua vida pessoal. Por ser catequista, a visibilidade é maior. Então cuide muito dos seus atos fora da Igreja. É preciso falar uma coisa e agir da mesma forma. A incoerência nas ações de qualquer cristão passa a ser um contra-testemunho da palavra ensinada;

– Saiba que você faz parte de um grupo de catequistas e não é um ser isolado no mundo. Por isso, se esforce para participar das reuniões propostas pela equipe de catequese. Procure se atualizar dos assuntos discutidos e analisados nestas reuniões. Esta visão comunitária é essencial na catequese. Catequista que não se comprometo com o grupo e acha que o seu trabalho é apenas dar catequese, está fora da realidade de vivência em grupo, e portanto, não serve para ser catequista;

– Frequente a missa. Falamos tanto nisso nos encontros, reuniões e retiros de catequese e cobramos que os jovens e os pais não freqüentam as celebrações no final de semana. O pior é que muitos catequistas também não vão à missa. Como exigir alguma coisa se não damos o exemplo? Além das missas, freqüente as festas e as procissões de sua capacidade. É importante os catequizandos verem que você é presente. Esse é o maior testemunho que o catequista pode dar.

– Seja receptivo com todos, acolhedor, interessado. Mas isso não significa ser flexível demais. Tenha regras de conduta, acompanhe a frequência de cada um de seus jovens, deixe claro que você possui comando. Fale ALTO, tenha postura corporal nos encontros, chegue no horário marcado, avise com antecedência quando precisar se ausentar, mantenha contato com os pais pelo menos uma vez por mês. Você é o catequista e, através de você, o reino de Deus está sendo divulgado. Por isso, você precisa não apenas “aparentar”, mas ser catequista por inteiro;

10ª – Seja humilde para aprender. Troque idéias com os seus colegas catequistas. Peça ajuda se for necessário. Ouça as sugestões e nunca pense que você é o melhor catequista do mundo. Não privilegie ninguém e trate todos com igualdade. Somos apenas instrumentos nas mãos de Deus. É Ele quem opera quem nos conduz e, através de nós, evangeliza. Seja simples, humilde e ao mesmo tempo forte e guerreiro para desempenhar a sua missão.

Por Alberto Meneguzzi (adaptado por Carlos Garcia)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A diferença entre a Bíblia Católica e a Bíblia Evangélica...


Será que sabemos de verdade qual é a diferença entre a "Bíblia Católica" e a "Bíblia Evangélica"?

Enquanto católicos sabemos que não é difícil sermos acusados de várias coisas, até mesmo de adulteração na bíblia. Uns dizem uma coisa, outros dizem outra, mas o que de fato a história diz?

Nesse artigo vamos falar da diferença entre a Bíblia Católica (com 73 livros) e a Bíblia Protestante (com 66 livros).

Vale ressaltar que essa diferença esta restrita apenas ao Antigo Testamento. No Novo Testamento as Bíblias são idênticas.

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A Formação do Cânon (livros da Bíblia)

Demoraram alguns séculos para que a Igreja Católica chegasse à forma final da Bíblia, com os 73 livros como temos hoje. Em vários Concílios, ao longo da história, a Igreja, assistida pelo Espírito Santo (cf. Jo 16,12-13) estudou e definiu o Índice (cânon) da Bíblia; uma vez que nenhum de seus livros traz o seu Índice. Foi a Igreja Católica quem berçou a Bíblia. Garante-nos o Catecismo da Igreja e o Concílio Vaticano II que: “Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumerados na lista dos Livros Sagrados” (Dei Verbum 8; CIC,120). Portanto, sem a Tradição da Igreja não teríamos a Bíblia. Santo Agostinho dizia: “Eu não acreditaria no Evangelho, se a isso não me levasse a autoridade da Igreja Católica” (CIC,119).

Diferentemente da Bíblia Católica, a Bíblia Evangélica tem apenas 66 livros. Em 1522, no período da Reforma Protestante, Lutero e, principalmente os seus seguidores, rejeitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), 1 e 2 Macabeus, além de Ester 10,4-16; Daniel 3,24-20; 13-14. (todos do Antigo Testamento). Vale lembrar que o Novo Testamento da Bíblia Católica e da Bíblia Evangélica contém os mesmos 27 livros, portanto, são idênticos.
  
Entendendo a história...
 
Por volta de 250 a 100 anos a.C (antes de Cristo), em Alexandria no Egito, havia uma influente colônia de judeus, vivendo em terra estrangeira e falando o grego. O rei do Egito, Ptolomeu, queria ter todos os livros conhecidos na famosa biblioteca de Alexandria; então mandou buscar 70 sábios judeus, rabinos, para traduzirem os Livros Sagrados hebraicos para o grego. Surgiu, assim, a versão grega chamada Alexandrina ou dos Setenta (Septuaginta), que a Igreja Católica sempre seguiu.

Depois de aproximadamente 200 anos, no ano 100 d.C. (depois de Cristo), os rabinos judeus se reuniram no Sínodo de Jâmnia (ou Jabnes), no sul da Palestina, a fim de definir a Bíblia Judaica. Isto porque nesta época começavam a surgir o Novo Testamento com os Evangelhos e as cartas dos Apóstolos, que os judeus não aceitavam. Nesse Sínodo, os rabinos definiram como critérios para aceitar que um livro fizesse parte da Bíblia, o seguinte: (1) Deveria ter sido escrito na Terra Santa; (dentro da Palestina), (2) Escrito somente em hebraico; (nem aramaico e nem grego - Novo Testamento inteiro), (3) deveria ser escrito antes de Esdras (455-428 a.C.); (4) não poderia haver contradição com a Torá ou lei de Moisés.

Esses critérios eram puramente nacionalistas, mais do que religiosos, fruto do retorno do exílio da Babilônia em 537 a.C. Por esses critérios não foram aceitos na Bíblia judaica da Palestina os livros que hoje não constam na Bíblia protestante, citados anteriormente.

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Havia, dessa forma, no início do Cristianismo, duas Bíblias judaicas: a de Alexandrina (completa – Versão dos LXX (Setenta), A.T. utilizado até hoje pela Igreja Católica e a da Palestina (Hebraica) - (restrita) e escrita 200 anos depois da Bíblia dos Setenta.

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Apesar dessas diferenças o Cânon do A.T. que os apóstolos utilizaram era a dos Setenta.

Os Apóstolos e Evangelistas optaram pela Bíblia completa dos Setenta (Alexandrina), considerando inspirados (canônicos) os livros rejeitados em Jâmnia. Ao escreverem o Novo Testamento, utilizaram o Antigo Testamento, na forma da tradução grega de Alexandria, mesmo quando esta era diferente do texto hebraico. O texto grego “dos Setenta” tornou-se comum entre os cristãos; e, portanto, o cânon completo, incluindo os sete livros e os fragmentos de Ester e Daniel, passaram para o uso dos cristãos. Das 350 citações do Antigo Testamento que há no Novo, 300 são tiradas da Versão dos Setenta, o que mostra o uso da Bíblia completa pelos Apóstolos. Verificamos também que nos livros do Novo Testamento há citações dos livros que os judeus nacionalistas da Palestina rejeitaram. Por exemplo: Rm 1,12-32 se refere a Sb 13,1-9; Rm 13,1 a Sb 6,3; Mt 27,43 a Sb 2, 13.18; Tg 1,19 a Eclo 5,11; Mt 11,29s a Eclo 51,23-30; Hb 11,34 a 2 Mac 6,18; 7,42; Ap 8,2 a Tb 12,15.

Outro fato importantíssimo é que nos mais antigos escritos dos santos Padres da Igreja (patrística) os livros rejeitados pelos protestantes (deutero-canônicos) são citados como Sagrada Escritura. Assim, São Clemente de Roma, o quarto Papa da Igreja, no ano de 95 escreveu a Carta aos Coríntios, citando Judite, Sabedoria, fragmentos de Daniel, Tobias e Eclesiástico; livros rejeitados pelos protestantes.

Assim também o fez (citando os livros da Bíblia dos Setenta) o conhecido Pastor de Hermas, no ano 140, quando fez amplo uso de Eclesiástico, e de Macabeus II.

Santo Hipólito (†234) também comenta o Livro de Daniel com os fragmentos deuterocanônicos rejeitados pelos protestantes, e cita como Sagrada Escritura os livros de Sabedoria, Baruc, Tobias, 1 e 2 Macabeus.

Fica assim, muito claro, que a Sagrada Tradição da Igreja e o Sagrado Magistério sempre confirmaram os livros deuterocanônicos como inspirados pelo Espírito Santo. Vários Concílios confirmaram isto: os Concílios regionais de Hipona (ano 393); Cartago II (397), Cartago IV (419), Trulos (692). Principalmente os Concílios ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546) e Vaticano I (1870) confirmaram a escolha.

Disse o último Concílio: “Pela Tradição torna-se conhecido à Igreja o Cânon completo dos livros sagrados e as próprias Sagradas Escrituras são nelas cada vez mais profundamente compreendidas e se fazem sem cessar, atuantes.” (DV,8). Portanto, se negarmos o valor indispensável da Igreja Católica e de sua Sagrada Tradição, negaremos a autenticidade da própria Bíblia.

É interessante notar que o Papa São Dâmaso (366-384), no século IV, pediu a S.Jerônimo que fizesse uma revisão das muitas traduções latinas que havia da Bíblia, o que gerava certas confusões entre os cristãos. São Jerônimo revisou o texto grego do Novo Testamento e traduziu do hebraico o Antigo Testamento, dando origem ao texto latino chamado de Vulgata, usado até hoje.

Vemos, portanto, que a versão dos Setenta (100 a.C), utilizada pela Igreja Católica é completa e mais antiga que a versão Hebraica (dos judeus nacionalistas de Jâmnia) utilizada pelos evangélicos.


A Bíblia e os Protestantes

No século XVI, em plena reforma protestante, Martinho Lutero (1483-1546), para contestar a Igreja, e para facilitar a defesa das suas teses, adotou o cânon da Palestina (Hebraica) e deixou de lado os sete livros conhecidos (incluídos na Bíblia dos Setenta).

No entanto, estranhamento Lutero, quando estava preso em Wittenberg, ao traduzir a Bíblia do latim para o alemão, traduziu também os sete livros (deuterocanônicos) na sua edição de 1534, e as Sociedades Bíblicas Protestantes, até o século XIX incluíam os sete livros nas edições da Bíblia. Ora, se ele, a exemplo dos fariseus de Jâmnia, rejeitava esses livros, então porque traduzi-los?

Neste fato fundamental para a vida da Igreja vemos a importância da Tradição da Igreja, que nos legou a Bíblia como a temos hoje. Vale ressaltar também que os seguidores de Lutero não acrescentaram nenhum livro na Bíblia, o que mostra que aceitaram o discernimento da Igreja Católica desde o primeiro século ao definir o Índice da Bíblia.

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Atualmente alguns evangélicos, a fim de desacreditar e difamar a nossa Bíblia (completa), afirmam, a exemplo dos judeus de Jâmnia, que os livros que constam na Bíblia Católica não são expirados. Outros ainda afirmam que foram acrescentados a partir de 1545 (Concílio de Trento). E outros ainda afirmam que esses livros não foram utilizados pelos apóstolos. É importante saber também que muitos outros livros, que todos os cristãos têm como canônicos, não são citados nem mesmo implicitamente no Novo Testamento. Por exemplo: Eclesiastes, Ester, Cântico dos Cânticos, Esdras, Neemias, Abdias, Naum, Rute.

Mais uma vez, DIANTE DOS FATOS APRESENTADOS, vemos que essas alegações são mentirosas, descabidas e possuem cunho político, não condizendo com a realidade. 

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Caros catequistas, ao trabalharem este encontro, citem as fontes e leiam as referências citadas pelos apóstolos. Leiam para os catequizandos alguns belos trechos do livro de Eclesiástico e do livro de Sabedoria, que constam somente em nossa Bíblia Católica.

De maneira alguma menosprezem a Bíblia utilizada pelos Protestantes, já que, mesmo incompleta, contém todos os livros utilizados em nossa Bíblia, portanto, também se trata da palavra de Deus, em toda a sua plenitude.

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O artigo acima citado tem por base várias fontes. Dentre elas a reflexão do Prof. Felipe Aquino da Canção Nova, a reflexão do Frei Paulo Avelino de Assis e o Livro do Catequista, da editora Paulus.

Outras fontes de referência:






domingo, 4 de abril de 2010

Cristo Vive. ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA.

Cristo Ressuscitou, ALELUIA!
Cristo Ressuscitou, ALELUIA!
Cristo Ressuscitou, ALELUIA!

Sim, gritemos o Aleluia em todos os cantos e sempre, pois Cristo ressuscitou.

Hoje, domingo de Páscoa, é o Dia do Senhor. Dia que o Senhor ressuscitou e nos deu, por misericórdia, a vida nova.

Mas quando aconteceu essa ressurreição?...

A ressurreição de fato aconteceu a mais de 2000 anos atrás e hoje a nossa igreja, em memória deste grande ato de amor, celebra novamente a Ressurreição de Cristo.

Sim, Ele ressuscitou a mais de 2000 anos, mas será que Ele vive em nós?

Nós como cristãos precisamos viver a Páscoa todos os dias do ano.

Deixemos que Cristo ressuscitado, através da Santa Eucaristia, viva em nós todos os dias de nossa vida.

Revivamos o seu amor em nossos coração a fim de resplandecer a sua face, em nossos atos e em nossas palavras para cumprir nossa missão... 

Mt 28,18-20 - "Mas Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra.
Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo."


Jesus venceu a morte. Não existe mais nada que nos separa do amor de Deus.

Exultemos pois de Alegria e gritemos.

Aleluia, Aleluia, Aleluia, Cristo VIVE. Aleluia, Aleluia, Aleluia, Cristo VIVE.

Feliz Páscoa

Carlos

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Tríduo Pascal. Caminho para a Santificação.

Iniciamos hoje, Quinta-feira Santa, o Tríduo Pascal; tempo litúrgico mais importante de nossa igreja.

Nesta quinta-feira celebramos a partilha e a servidão. Na sexta, o sofrimento, a paixão e a morte. Na Vigília de sábado o grande momento da ressurreição. E no domingo a alegria da vida nova. 

Mas será que nós, com essa vida agitada, "sem tempo" para orar, para parar e ouvir a Deus... Será que realmente sabemos a importância desse momento? Será que temos noção da grandiosidade desses dias?

Não podemos ver esses dias apenas como um "feriado prolongado" onde comeremos uma farta bacalhoada e festejaremos alegrementes com a família. Não, não podemos...

Temos que viver o Tríduo Pascal como Cristo viveu a 2000 anos atrás...

Vemos muitos "cristãos" que professam crer na Trindade Santa, que frequentam as missas, que trabalham para a igreja, mas que não assumem a sua missão, a sua cruz, pois não compartilham do amor de Jesus, da servidão, da dor e da paixão. Não caminham rumo ao calvário. Querem somente gozar das alegrias do paraíso.

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Não existe cristão praticante e não praticante. Ou se é, ou não se é...

Paremos e pensemos. Que tipo de "cristão" será que somos, se é que podemos dizer assim?

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Temos ainda que caminhar MUITO, pois assim como Pedro negou o Cristo 3 vezes antes do galo cantar o negamos todos os dias ao nos acomodarmos diante da injustiça, ao negarmos o "pão", ao duvidarmos de sua graça e ao negarmos a nossa cruz. Sim, fazemos isso todos os dias.

Nos preocupamos com tudo. Damos valor as coisas inúteis, as futilidades, vaidades, orgulho, e, infelizmente, nos esquecemos do bem maior deixado por Jesus. O amor.

A, como negamos o amor. Como negamos o amor...

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É chegada a hora de pararmos. Pararmos de falar, de pensar, de agir por nossa conta. É chegada a hora de verdadeiramente assumirmos a nossa cruz, ao lado de Cristo, como o bom ladrão, Dimas, que em um ato de amor, assumiu a cruz junto a Cristo.

Esta na hora de vivermos o presente. De deixarmos o passado para trás e confiarmos no plano de Deus.

É chegado o momento de decidir. Decidir pela vida, pelo amor. Por Cristo.
 
Para celebrarmos a ressurreição, para gozarmos do paraíso, temos que passar pelo processo santificador do amar, do partilhar, do servir, do sofrer e do caminhar rumo ao calvário até a morte. Morte para o mundo. Somente após esse processo, é que podemos, pela graça e misericórdia de Deus viver a alegria da vida nova junto a Jesus.

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Assim deve ser a nossa Páscoa. Cheia de amor, mansidão, benignidade e humildade.

A nossa páscoa não deve durar apenas 3 dias, mas a nossa vida toda.

Todos os dias temos que amar, partilhar, servir, sofrer, caminhar e morrer, deixando Jesus agir em nossas vidas. Somente assim poderemos partilhar com Ele o paraíso.

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Tomemos pois a nossa cruz. Assumamos a nossa missão. Caminhemos rumo ao calvário, pois lá, Ele vai estar para nos amparar e socorrer e nos levar para o paraíso.

Busquemos as coisas do alto.

Uma santa Páscoa para todos.

Carlos