Páginas

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Será que somos catequistas de vidrinho?

Hoje fui participar de minha primeira reunião de Decanato. Apesar de estar meio que "peixe fora d'água", vi algumas realidades e ouvi alguns questionamentos muito interessantes.

Dentre eles um dos que mais me chamou a atenção foi um simples  comentário que:

"Há muitos catequistas de vidrinho por aí. Qualquer coisinha, quebra."

E quanta verdade não há nessa frase?

E o pior é que o catequista de vidrinho, além de quebrar com facilidade, deixa pontas afiadas prontas a ferir...

Quantas vezes não vemos ou até somos esse tipo de catequista frágil, melindroso, que qualquer coisinha esta chorando pelos cantos, reclamando da vida...

Diante dessa situação surge a pergunta. Será que nós também não somos hoje "catequistas de vidrinho"? Será que já não quebramos e estamos cheios de pontas afiadas?

Temos que refletir muito, pois se qualquer coisinha nos derruba, nosso discurso tende a se tornar vazio, sem vida, sem frutos...

Se somos espelho de Jesus, nossa vida, por pior que esteja, esta fadada a vitória e não a derrota. A esperança tem sempre que estar presente, pois se acreditamos e pregamos o Deus vivo, que tudo pode, que tudo muda, que tudo transforma, então porque temos que temer?

Temos que ter sempre em mente que a batalha existe, principalmente a interna, por isso temos que nos revestir da armadura de Deus...

Ef 6, 10:13-17 - "Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus..."

Temos que nos revestir dessa armadura e seguir sempre em frente. Se cairmos, não há o que lamentar.

Temos que prontamente estar dispostos a batalha, no entanto, para um bom soldado estar pronto a batalha ele tem que exercitar, ser forte. Felizmente o exercício do cristão, a oração diária, é simples, mas como todo exercício só dá resultado quando praticado diariamente.

Deus não nos fez de vidro, Deus nos fez a sua imagem e semelhança para sermos fortes, santos e irrepreensíveis (Ef 1,3ss)

Assim devemos ser.

Que assumamos nosso compromisso com amor, carinho, confiança e esperança...

Fiquem com Deus.

Carlos Garcia

2 comentários:

  1. Pe. Pedro Lopes, um profeta e iluminado, comentou na missa de hoje, na Paróquia de São José Operário, que nossa missão é tomarmos decisões na vida que nos torne cada vez melhores, com muito dinamismo. Não devemos ter medo de carregar nossas cruzes, pois a maior de todas foi de Jesus. Ninguém tem um fardo maior que possa carregar. Como diz Augusto Cury, temos a oportunidade de sermos autores de nossa própria história. Fazer o bem aos outros sempre é fundamental para alcançarmos o estado de graça. Isso é fundamental quando estivermos levando a palavra de Deus para aqueles que esperam encontrar Deus em nós mesmos, pois somos espelhos para muitos, e não vidros. Muito menos cristais, que a qualquer movimento brusco se quebra. Vamos parar com essa hipocrisia barata e mesquinha dentro das paróquias. Vejo muita gente querendo ser mais do que outro e quando é ofendido, perde a paciência ou se sente incompreendido. Isto é falta de parar para refletir e meditar. Sei que ainda preciso caminhar muito no coração, espiritual e profissional. Se alguém precisa de terapia, por que não tentar? É amadurecimento. Eu achava que nunca precisaria, pois sempre estava envolvido com as coisas de Deus. Ledo engano. Quando precisei, criei coragem e abri meu coração. Percebi que amadureci dois mil anos. Com isso, quero dizer que gestos como esse, aliados a momentos de caridade, amor ao próximo e inteligência emocional, vai nos levar ao caminho certo de encontro com Deus no céu. Amém.
    Jefferson Marques - Advogado e Professor.

    ResponderExcluir
  2. Saint'Clair (Yahoo Respostas)9 de julho de 2010 às 21:09

    A Paz amigo Carlos,

    Antes de comentar, eu quero lhe dizer que o seu blog é ótimo para quem está entrando neste apostolado, que é a catequese...Amanhã, teremos um retiro para catequistas de minha paróquia; para definirmos várias coisas, entre elas as dificuldades em sala de aula.

    "Catequistas de vidrinho" que "além de quebrar com facilidade, deixa pontas afiadas". Eu concordo em tudo com suas palavras. Não sei como pensar em uma melhor formação de catequistas. Pois, primeiro ele tem que entender que ele não é um "servo" qualquer. É um elo entre os três pilares que sustentam toda a nossa Igreja (Tradiçao, Magistério e Escritura) e o catequizando...Não é uma missão qualquer. Aliás, foi a ordem direta de Cristo!

    Talvez se entendessem o tamanho desta missão (catequizar) se forteleceriam mais, para evitar se "quebrar" com muita facilidade. E, ao meu ver, somente descobrindo uma forma de viver a Tradição viva e ininterrupta de nossa Igreja eles entenderiam o tamanho desta missão...

    In Cor Iesus et Mariae

    Abraços!

    Henrqiue Saint'Clair

    ResponderExcluir