Páginas

quarta-feira, 9 de março de 2011

Apoio ao Catequista - Quaresma e a origem da Campanha da Fraternidade

Todo ano temos de falar de Quaresma e Campanha da Fraternidade a nossos catequizandos. Isso já se tornou tão comum que as vezes nos esquecemos do real sentido desse tempo litúrgico (quaresma) e seus detalhes, assim como a origem da Campanha da Fraternidade, por isso segue abaixo uma breve explicação sobre a Quaresma e a Campanha da Fraternidade.

O que é a Quaresma?

É o tempo de preparação para a festa da Páscoa, a maior festa do Cristianismo. Um tempo em que devemos viver na reflexão e oração, tomando consciência dos compromissos que assumimos pelo nosso Batismo. Tempo de jejum, penitência e conversão.
A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas e termina na quinta-feira santa antes da celebração da ceia pascal. A palavra quaresma faz referência há 40 dias, mas a quaresma dura de 44 a 45 dias (ano bissexto). A cor é roxa e abrange seis domingos. Na última semana, voltamos toda a nossa atenção para a Paixão de Cristo. É nesse período que a liturgia no Brasil promove a Campanha da Fraternidade, para valorizar mais ainda esse fecundo tempo litúrgico. No Ano A, predomina o tema do Batismo, com suas exigências na seqüência dos Evangelhos; no Ano B, o tema de Cristo glorificado por sua morte e ressurreição, fonte da restauração da dignidade humana; e no Ano C, os fiéis são convidados a penitência ou conversão, condições para a nova aliança em Cristo Jesus, selada no Batismo e a ser renovada na Páscoa.

A Campanha da Fraternidade

Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal-RN, com adesão de outras três Dioceses. No ano seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.
Este projeto foi lançado, em nível nacional, no dia 26 de dezembro de 1963, sob o impulso renovador do espírito do Concílio Vaticano II, em andamento na época, e realizado pela primeira vez na quaresma de 1964. O tempo do Concílio foi fundamental para a concepção e estruturação da Campanha da Fraternidade.
Em 20 de dezembro de 1964, os Bispos aprovaram o fundamento inicial da mesma intitulada: "Campanha da Fraternidade - Pontos Fundamentais apreciados pelo Episcopado em Roma". De 1963 até hoje, a Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização desenvolvida num determinado tempo (Quaresma), para ajudar os cristãos e as pessoas de boa vontade a viverem a fraternidade em compromissos concretos no processo de transformação da sociedade a partir de um problema específico que exige a participação de todos na sua solução. É grande instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão, renovação interior e ação comunitária como a verdadeira penitência que Deus quer de nós em preparação da Páscoa. É momento de conversão, de prática de gestos concretos de fraternidade, de exercício de pastoral de conjunto em prol da transformação de situações injustas e não cristãs. É precioso meio para a evangelização do tempo quaresmal, retomando a pregação dos profetas confirmada por Cristo, segundo a qual a verdadeira penitência que agrada a Deus é repartir o pão com quem tem fome, dar de vestir ao maltrapilho, libertar os oprimidos, promover a todos. 
A Campanha da Fraternidade tornou-se especial manifestação de evangelização libertadora, provocando, ao mesmo tempo, a renovação da vida da Igreja e a transformação da sociedade, a partir de problemas específicos, tratados à luz do Projeto de Deus. A Campanha da Fraternidade tem como objetivos permanentes: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, exigência central do Evangelho; renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na Evangelização, na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária (todos devem evangelizar e todos devem sustentar a ação evangelizadora e libertadora da Igreja; daí o destino da coleta final: realização de projetos de caridade libertadora e manutenção da ação pastoral).

Os textos abaixo derivam de um longo e exaustivo estudo retirado de diversas fontes confiáveis de pesquisa (livros, Wikipedia, site da CNBB, entre outros), que deram origem a uma apostila catequética que é utilizada pelos catequistas da paróquia que faço parte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário